Este santo é venerado em muitas dioceses da Marca (nasceu em São Severino, em 1º de março) e obviamente em toda a ordem franciscana, à qual pertenceu, embora seja também popular em Nocera Umbra, Espoleto, Nórcia e Savona. Foi um bom pregador e, para exercer este apostolado, percorreu a pé quase todo o centro-norte de Itália.

De estatura alta, rosto afilado e pálido, nariz aquilino, doentio e pouco robusto, não se poderia dizer, sob este aspecto, um condutor de multidões. Ainda mais, aos 35 anos, agravou-se uma chaga na perna direita, obrigando-o a retirar-se para o convento de Forano, onde teve a humilde função de esmolar, atuando de casa em casa – contudo, ele mais dava do que recebia.

Favorecido por particulares dons sobrenaturais, sabia ler nos corações, confortar, encorajar e, muitas vezes, curar doenças físicas e morais.

Ao ficar órfão ainda jovem (antes de ingressar no convento dos franciscanos da observância, aos 17 anos), cresceu na casa de um tio sacerdote, severo e intolerante. Carlos Antônio – assim se chamava antes de assumir o nome de Pacífico na profissão religiosa – fez, entretanto, daquela disciplina um tesouro, que se impôs até na vida religiosa. Mas tanto era severo consigo mesmo, quanto mais tolerante e compreensivo se mostrava com os outros. Tê-lo-iam chamado padre Pacífico, mesmo que tivesse assumido um outro nome. Sob aquela aparência serena se ocultavam indizíveis sofrimentos.

À surdez progressiva logo se conjugou a quase total cegueira, que o obrigou a humilhante dependência. Os superiores enviaram-no ao convento de São Severino da Marca, onde permaneceu até a morte. Esse sofrimento redundou em muita bênção, para si e para os outros. São Pacífico foi canonizado em 1939.