Filósofo da Sicília, passou da filosofia estóica ao cristianismo, mediante uma radical conversão que transformou o filósofo de profissão num zeloso missionário, segundo referem Eusébio de Cesaréia e Jerônimo.

Da Sicília aportou no Oriente e chegou até os limites do oceano Índico, onde encontrou uma igreja já constituída. A palavra do Evangelho, transmitida pelo apóstolo são Bartolomeu e regada com o sangue dos mártires, havia produzido bons frutos. Entretanto, para Panteno, foi apesar de tudo um bom aprendizado para poder dedicar-se à catequese, tendo diante de si pessoas e não teorias, problemas concretos e os limites da debilidade humana, em lugar de sutilezas filosóficas. Ao retornar de sua viagem missionária, foi promotor e diretor da escola catequética de Alexandria do Egito, por volta de 180.

Clemente de Alexandria, que foi se discípulo, não hesita em defini-lo como o mais ilustre entre os mestres de seu tempo na exposição da doutrina cristã e na interpretação das Escrituras. Mas nenhum de seus escritos chegou até nós. Sua figura, porém, está impressa na do discípulo Clemente, que nos legou numerosos tratados, como resultado das lições do grande teólogo.