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Sexta-feira, 27 de Setembro de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida
Santo do dia 27 de setembro
São Vicente de Paulo
Sacerdote e fundador (1581-1660)
São Vicente de Paulo
Rebeca Venturini/FC

A rainha da França, durante a sua regência, criou para ele o Ministério da Caridade. E pelas mãos deste insólito ministro – que todos chamavam simplesmente Monsieur Vincent – passou mais dinheiro do que pelas do ministro das finanças. Todavia, do Banco da Caridade o dinheiro despencava sobre uma turba de pobres a serem alimentados cotidianamente. À sua mesa popular diariamente se serviam cerca de duas mil refeições.

Ousou gritar diante do poderoso cardeal Mazarino, que reduzira à fome os revoltosos da Fronda: ”Monsenhor, ide, sacrificai-vos pelo bem da França”. Também fez isso com o cardeal Richelieu, quando se tratou de reivindicar os direitos da gente pobre.

A Revolução Francesa ainda estava por vir, mas Vicente a antecipou a seu modo – o de homem prático e simples como a gente do campo, com uma atividade caritativa visando aos últimos, aos órfãos abandonados, às crianças doentes, às mulheres que, para manter a família, prostituíam-se, aos cegos e aos loucos.

Também ele tinha experimentado a dureza do viver cotidiano. Nascido em Ranquine, na região sudoeste da França, foi guardião de porcos em Pouy, na Gasconha, para poder custear seus estudos. Em 1605 foi feito prisioneiro e deportado para a Tunísia, de onde conseguiu fugir.

Desta triste experiência nasceu nele o desejo de proporcionar alívio material e espiritual aos galerianos, isto é, aos homens condenados a remar nas galeras. Ordenado sacerdote aos 20 anos, empreendeu logo o trabalho das missões populares. Recorrendo à ajuda de outros sacerdotes, em 1625 organizou a Congregação da Missão (os lazaristas ou vicentinos), com o fim de pregar as “missões à gente dos campos”.

Sua fundação mais conhecida é a das filhas da caridade, difundida logo por todo o mundo. São também suas as duas confrarias das damas da caridade e a dos servos dos pobres.

Costumava dizer a seus sacerdotes: “Amemos Deus, mas amemos a nossa custa, com a fadiga de nossos braços, com o suor de nosso rosto”. Canonizado em 1737, foi declarado padroeiro de todas as instituições beneficentes que se dedicam a confortar os pobres e às obras de caridade.

Retirado do livro: 'Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente', Paulinas Editora.