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Domingo, 01 de Dezembro de 2024
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Dica de Vida Saudável do dia 24 de novembro
Viver o verde
Viver o verde
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Está provado que viver mais perto da natureza contribui com a felicidade e o bem-estar. Para quem mora nas grandes cidades, uma alternativa são os parques públicos.

Convém não menosprezar os efeitos de um dia tranquilo junto ao verde, principalmente para quem mora nas grandes cidades e é sugado pelo trabalho ou pelas responsabilidades durante a maior parte do tempo. Um estudo publicado na revista inglesa especializada Environmental Science and Technology pelo doutor Mathew White, do Centro Europeu para o Desenvolvimento e Saúde Humana da Universidade de Exeter, no Reino Unido, e que acompanhou 10 mil pessoas por 17 anos, comprovou que o acesso a áreas verdes provoca impactos positivos à saúde dos habitantes das grandes cidades. Entre outras descobertas, os pesquisadores constataram que habitantes de bairros com menos de 10% de áreas arborizadas eram muito mais propensos a relatar sintomas de depressão, estresse e ansiedade, em relação aos que tinham mais acesso às áreas verdes. Estes apresentavam menos sinais de transtornos mentais.

Para surpresa de muitos viciados em trabalho, o estudo descobriu que passar a morar em um local com acesso a áreas verdes gera um efeito positivo mais duradouro do que, por exemplo, receber um aumento de salário, que produz efeitos positivos de curto prazo. "Uma pessoa pobre que vive em uma estrada próxima a uma floresta é mais propícia a se sentir feliz do que outra mais rica vivendo em um lugar cinza", relata o estudo. "As pessoas fazem todo tipo de coisas para ficarem mais felizes. Mas o problema é que, depois de um ano, elas voltam aos níveis originais. Então estas coisas não nos fazem felizes no longo prazo", comparou White. Nem por isso, claro, devemos deixar de lutar pelo pão de cada dia. Mas uma pausa nessa luta, junto à natureza, certamente dá mais força para combater o bom combate.

"Pessoas com acesso a espaços verdes são menos estressadas e, quando somos menos estressados, tomamos decisões mais razoáveis e nos comunicamos melhor", afirmou o pesquisador.

Irene Paz/Revista Família Cristã, edição 946