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Segunda-feira, 24 de Junho de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 16/06/2024

11º Domingo do Tempo Comum - Ano B - Verde
1ª Leitura: Ez 17,22-24 Salmo: Sl 92(91) - É belo louvar o Senhor. 2ª Leitura: 2Cor 5,6-10
evangelho
Como compararemos o Reino de Deus? - Mc 4,26-34

E dizia: “Assim é o Reino de Deus: como um homem que lançou a semente na terra. Ele dorme e levanta, noite e dia, e a semente germina e cresce, sem que saiba como. Por si mesma, a terra dá fruto: primeiro a planta, depois a espiga, depois a espiga cheia de trigo. Quando, porém, o fruto se entrega, logo envia a foice, porque é tempo da colheita”. E dizia: “Como compararemos o Reino de Deus? Ou com qual parábola o apresentaremos? É como o grão de mostarda: quando é semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra. Mas, quando é semeado, cresce e torna-se a maior de todas as hortaliças e produz longos ramos, de modo que sob sua sombra as aves do céu podem se aninhar”. E com muitas parábolas como essas falava-lhes a Palavra, conforme podiam ouvir. E sem parábolas não lhes falava. A seus discípulos, porém, à parte, explicava tudo.

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
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Oração Inicial

Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo. Amém.

O Reino do Céu é dinâmico e visa a plenitude da Vida. Este princípio vivo e dinâmico está escondido em nosso interior como centelha divina. Abramo-nos a este dinamismo do amor de Deus para conosco.


“Jesus Divino Mestre, nascemos do teu amor vem e renova em nós os teus dons. Amém.”

Leitura (Verdade)

Observe a misteriosa ação do amor de Deus entre nós seus filhos e filhas. Como ele age, o que ele produz..., com que ele é comparado..., qual a sua aparência...

Evangelho: Mc 4,26-34 E dizia: “Assim é o Reino de Deus: como um homem que lançou a semente na terra. Ele dorme e levanta, noite e dia, e a semente germina e cresce, sem que saiba como. Por si mesma, a terra dá fruto: primeiro a planta, depois a espiga, depois a espiga cheia de trigo. Quando, porém, o fruto se entrega, logo envia a foice, porque é tempo da colheita”. E dizia: “Como compararemos o Reino de Deus? Ou com qual parábola o apresentaremos? É como o grão de mostarda: quando é semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra. Mas, quando é semeado, cresce e torna-se a maior de todas as hortaliças e produz longos ramos, de modo que sob sua sombra as aves do céu podem se aninhar”. E com muitas parábolas como essas falava-lhes a Palavra, conforme podiam ouvir. E sem parábolas não lhes falava. A seus discípulos, porém, à parte, explicava tudo.

“A parábola nos traz uma exigência: lançar a semente na terra e esperar. Anunciar a Palavra é como lançar sementes na certeza de que Deus as fará frutificar. A semente tem em si o potencial de germinar e dar frutos. Assim acontece com o Evangelho, que, ao chegar ao coração das pessoas com disposições de acolhimento e cultivo, tem o poder de transformar opções e atitudes, produzindo frutos segundo o coração de Deus. A Palavra semeada tem em si a força de vida nova. Por isso, os discípulos devem semear com essa esperança. A referência à pequenez da semente nos ensina a não cair na tentação de ostentação ou prepotência, mas reconhecer a ação divina nos pequenos acontecimentos do cotidiano.” (Viver a Palavra – 2024. Ir. Carmen Maria Pulga- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Agora, vamos trazer a reflexão da Palavra para a vida. O que esta parábola diz para mim hoje?
Que aspectos do mistério de Deus esta passagem possibilita conhecer?
Como você cuida e cultiva da semente do Reino de Deus? Você percebe seu dinamismo em você? Ao seu redor?
Como você agradece a presença de Deus em seu interior ?

Oração (Vida)

“Espírito Santo, que possuis toda a densidade interior das realidades espirituais, fazei-me viver esta vida interior.
Desprendei-me da sedução das coisas sensíveis, para fazer-me sentir a sedução, menos aparente, mas mais absorvente do mundo do espírito.
Impede-me de ficar na superfície de mim mesmo/a, na leviandade de minhas reações ao mundo que me envolve, e ensina-me a viver em profundidade minha resposta aos apelos de Deus.
Interioriza meu pensamento, fazendo-me meditar os mistérios da ação divina no universo.
Interioriza meu diálogo com o Senhor, fazendo-me tomar consciência mais viva de sua presença no meu íntimo.
Interioriza meu amor, tornando-o mais contemplativo, mais preso á face invisível do Senhor.
Cava todo meu ser interiormente, não para ali me encerrar, mas para fazer que eu atinja intimamente o infinito divino.” (Pe. J. Galoto, S.J.)

Contemplação (Vida e Missão)

Qual novo olhar nasceu em você, a partir da Palavra? O que você deseja pôr em prática em sua vida neste dia?

Bênção

• O Senhor te abençoe e te guarde.
• O Senhor te mostre a sua face e se compadeça de ti.
• O Senhor volva seu rosto para ti e te dê a paz.
• O Senhor te abençoe.
• Amém!

Ir. Carmen Maria Pulga

Quando Jesus fala do Reino de Deus ou do Reino dos Céus, ele usa comparações. Nunca diz o que o Reino é, que é isto ou é aquilo. Sempre diz: “O Reino é como... é semelhante...”. As comparações ditas em parábolas, somadas umas às outras, vão formando uma imagem do que é o Reino. Entendemos Reino como uma forma de governo de determinado povo. É uma noção de origem política, como império, monarquia, democracia. Hoje, no Evangelho de Marcos, lemos duas pequenas comparações do mundo agrícola com as quais Jesus fala do Reino de Deus. O Reino é como quê? É como alguém que lança a semente na terra. A semente germina e cresce. Vêm as folhas e as espigas cheias de grãos. Quando o fruto está maduro, é feita a colheita. Na parábola há uma semente e uma terra. As duas devem ser de boa qualidade. O resultado que se espera são os frutos. Se formos a terra e a semente da Palavra de Deus, os frutos serão as ações que brotam do nosso modo de ser. Em relação ao Reino, ele será formado por bons cidadãos que desenvolvem ações construtivas em favor da pessoa humana e de seu meio ambiente. Outra comparação Jesus a faz com o grão de mostarda, que se torna uma hortaliça viçosa. Os pássaros vêm e fazem ninho à sua sombra. O Reino é como esse grão de mostarda: pequeno no início, mas se desenvolve tornando-se capaz de abrigar quem nele busca proteção. A liturgia lê essas parábolas com a visão do profeta Ezequiel. Diz o profeta que o Senhor arrancará um rebento do ramo mais alto da copa do cedro e o plantará sobre o alto monte de Israel. Ele se tornará um cedro majestoso, com folhas e frutos. À sua sombra se abrigarão os pássaros e farão ninhos. O profeta fala do Deus de Israel que se manifesta ao mundo por meio do seu povo, ao qual foi dada uma missão. O cedro no alto monte de Israel deve abrigar os pássaros que precisam de sombra para seus ninhos. Assim será o Reino de Deus. Nele, o ser humano encontrará um refúgio seguro. O Reino de Deus pode ser considerado um conceito teológico relacionado ao fim último da humanidade, que tem seu início no nosso mundo e se realiza plenamente no mundo futuro. A variedade das comparações sobre o Reino mostra diversos aspectos. Todos os seres humanos são chamados a pertencer a esse Reino. O Reino é também um conceito sociopolítico. Jesus viveu e pregou dentro do império romano, que dominava as populações mediterrâneas, extorquindo-as de forma cruel. Um mundo novo e diferente só seria possível se o Deus de Israel assumisse o governo do país, por meio de um novo rei, escolhido e ungido, que estabeleceria o Reino de Deus. O código do Reino proclamado por Jesus exigia uma revisão das estruturas sociais, e essa era a conversão esperada e uma restituição de justiça pelos danos causados. Permanece o aspecto escatológico do Reino na esperança do mundo futuro. Aqui somos peregrinos, diz São Paulo. Caminhamos pela fé, e não pela visão. O melhor é sair deste mundo e ir morar com o Senhor. Por isso, deste lado e do outro, nós nos esforçamos para ser agradáveis a Deus.

Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.