Evangelho do dia 15/08/2024
19ª Semana do Tempo Comum - Ano B - Verde
Não te digo até sete vezes, mas até setenta e sete vezes - Mt 18,21–19,1
Então Pedro, aproximando-se, lhe disse: “Senhor, quantas vezes pecará meu irmão contra mim para que eu deva perdoá-lo? Até sete vezes?” Jesus lhe respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta e sete vezes. Por isso, o Reino dos Céus assemelha-se a um rei que resolveu acertar as contas com seus servos. Assim que ele começou, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. Como este não tinha com que pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e todos os seus bens fossem vendidos, e assim pagasse. Tendo-se prostrado diante dele, o servo lhe dizia: ‘Sê indulgente comigo, que te pagarei tudo!’ Tomado de compaixão, o senhor daquele servo liberou-o e lhe perdoou a dívida. Tendo saído dali, esse servo encontrou um companheiro de servidão que lhe devia cem denários e, agarrando-o pelo pescoço, começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves!’ Seu companheiro de servidão, de joelhos, lhe suplicava: ‘Sê indulgente comigo, que te pagarei!’ Mas ele não quis; ao contrário, retirando-se, mandou colocá-lo na prisão até que pagasse o que devia. Tendo visto o que acontecera, seus companheiros de servidão ficaram profundamente consternados e foram contar tudo ao senhor deles. Então o senhor o chamou e lhe disse: ‘Servo malvado! Toda aquela dívida te perdoei, porque me suplicaste. Não devias, tu também, ser clemente com teu companheiro de servidão, como eu fui clemente contigo?’ E, enfurecido, seu senhor o entregou aos torturadores até que pagasse tudo quanto devia. Da mesma forma vos tratará meu Pai celeste, se cada um não perdoar de coração a seu irmão”. Quando Jesus terminou esse discurso, partiu da Galileia e foi para os territórios da Judeia, do outro lado do Jordão.
A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.Oração Inicial
Em nome do pai, do Filho e do Espírito Santo.
Coloque-se na presença do Senhor como discípulo/a que deseja compreender sempre melhor o que o Mestre Jesus quer nos ensinar.
“Jesus creio que estás aqui comigo, ajuda-me a permanecer na tua presença”.
A Palavra do hoje fala que não há limite para o perdão. Com uma parábola Jesus nos faz tomar consciência da enormidade do perdão com o qual Deus nos agracia.
Peçamos: “Jesus Mestre, cremos com viva fé que estais aqui presente, para indicar-nos o caminho que leva ao Pai. Iluminai nossa mente, movei nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.”
Leitura (Verdade)
A proposta de Jesus no evangelho de hoje, é provocante e nos inquieta: Perdoar sempre, infinitamente, sem contar as vezes e sem pensar se o irmão merece ou não nosso perdão. Perdoar com a paciência e a misericórdia de Deus.
Evangelho: Mt 18,15-20 Então Pedro, aproximando-se, lhe disse: “Senhor, quantas vezes pecará meu irmão contra mim para que eu deva perdoá-lo? Até sete vezes?” Jesus lhe respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta e sete vezes. Por isso, o Reino dos Céus assemelha-se a um rei que resolveu acertar as contas com seus servos. Assim que ele começou, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. Como este não tinha com que pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e todos os seus bens fossem vendidos, e assim pagasse. Tendo-se prostrado diante dele, o servo lhe dizia: ‘Sê indulgente comigo, que te pagarei tudo!’ Tomado de compaixão, o senhor daquele servo liberou-o e lhe perdoou a dívida. Tendo saído dali, esse servo encontrou um companheiro de servidão que lhe devia cem denários e, agarrando-o pelo pescoço, começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves!’ Seu companheiro de servidão, de joelhos, lhe suplicava: ‘Sê indulgente comigo, que te pagarei!’ Mas ele não quis; ao contrário, retirando-se, mandou colocá-lo na prisão até que pagasse o que devia. Tendo visto o que acontecera, seus companheiros de servidão ficaram profundamente consternados e foram contar tudo ao senhor deles. Então o senhor o chamou e lhe disse: ‘Servo malvado! Toda aquela dívida te perdoei, porque me suplicaste. Não devias, tu também, ser clemente com teu companheiro de servidão, como eu fui clemente contigo?’ E, enfurecido, seu senhor o entregou aos torturadores até que pagasse tudo quanto devia. Da mesma forma vos tratará meu Pai celeste, se cada um não perdoar de coração a seu irmão”. Quando Jesus terminou esse discurso, partiu da Galileia e foi para os territórios da Judeia, do outro lado do Jordão.
"Esta parábola acentua o amor e o perdão misericordioso de Deus, concedidos a quem a ele recorre. Cabe àqueles que foram libertados por esse perdão comunicá-lo a outros. O perdão é desejado por Jesus não só como reconciliação entre duas pessoas como também como prática que consolida a comunidade, tornando-a um espaço de alegria e de crescimento
na fé e no amor. “Quanto devemos perdoar?”, pergunta Pedro a Jesus. “Sempre!”, responde o Mestre e adverte que somente seremos perdoados pelo Pai se soubermos perdoar nossos irmãos. O perdão é o desejo mais sincero de viver a comunhão com Deus e com os irmãos. Somente o amor é capaz de perdoar. Perdoe de coração e veja os efeitos do perdão." (Viver a Palavra – 2024. Ir. Carmen Maria Pulga - Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
No centro desta parábola, se encontra cada um de nós, que temos uma divida imensa para com Deus, sem poder pagá-la. Deus, porém, nos ensina como quitá-la; perdoando sempre nossos irmãos/as.
Certamente ainda precisamos viver com maior radicalidade a nossa fé e a capacidade de perdoar. Minha fé é comprometida, é capaz de perdoar?
Sou capaz de mudanças significativas para o crescimento de minha comunidade e da sociedade como um todo?
Que sentimentos provo quando sou capaz de perdoar ou quando sou perdoado/a?
Minha caminhada cristã se pauta pelos valores do Reino?
Oração (Vida)
Fazer desta oração não apenas como um belo poema, mas assumir cada pedido como um compromisso.
Senhor,
Fazei de mim um instrumento de vossa Paz.
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e é morrendo, que se vive para a vida eterna.
Contemplação (Vida e Missão)
Perdoar sempre, quando não é possível expressar o perdão com as palavras, por causa da dor da ofensa, que se perdoe com o sentimento dando abertura e acolhida para que o ofensor possa se edificar com nossa atitude.
Bênção
- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
O bom relacionamento fraterno precisa de correção e perdão. Não de correção e vingança, mas de compreensão. Os dogmas de fé continuam os mesmos, os princípios morais são os de sempre: não dizemos que está certo o que está errado e, no entanto, abraçamos e acolhemos todo mundo. O irmão pecou contra mim, me ofendeu, me deu prejuízo, me caluniou mais de uma vez. Quantas vezes devo perdoá-lo? Setenta vezes sete vezes. Podemos começar a contar. Se quisermos ser exatos, serão 490 vezes. E se pecar contra Deus, contra as verdades da fé, se blasfemar contra Jesus? Ele mesmo já disse uma vez que tudo será perdoado, menos o pecado contra o Espírito Santo. Deixemos por conta de Deus a vingança e a punição. Da nossa parte, acolhamos quem quer que seja para sermos também acolhidos pelo Pai. Acolhamos e andemos juntos no rumo certo. Podemos empurrar o irmão e jogá-lo precipício abaixo pelos erros que cometeu, e podemos entrelaçar os braços e caminhar juntos em um esforço fraterno, até alcançarmos o lugar onde estão as verdadeiras alegrias. No fim dos quatro primeiros sermões, São Mateus escreve que Jesus terminou essas palavras e foi para outro lugar. Ao término do último sermão, Mateus escreverá: “Quando Jesus terminou todas essas palavras...”. É assim que ele organiza as palavras de Jesus no seu Evangelho.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.Evangelho do dia 15/08/2024
19ª Semana do Tempo Comum - Ano B - Verde
Não te digo até sete vezes, mas até setenta e sete vezes - Mt 18,21–19,1
Então Pedro, aproximando-se, lhe disse: “Senhor, quantas vezes pecará meu irmão contra mim para que eu deva perdoá-lo? Até sete vezes?” Jesus lhe respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta e sete vezes. Por isso, o Reino dos Céus assemelha-se a um rei que resolveu acertar as contas com seus servos. Assim que ele começou, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. Como este não tinha com que pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e todos os seus bens fossem vendidos, e assim pagasse. Tendo-se prostrado diante dele, o servo lhe dizia: ‘Sê indulgente comigo, que te pagarei tudo!’ Tomado de compaixão, o senhor daquele servo liberou-o e lhe perdoou a dívida. Tendo saído dali, esse servo encontrou um companheiro de servidão que lhe devia cem denários e, agarrando-o pelo pescoço, começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves!’ Seu companheiro de servidão, de joelhos, lhe suplicava: ‘Sê indulgente comigo, que te pagarei!’ Mas ele não quis; ao contrário, retirando-se, mandou colocá-lo na prisão até que pagasse o que devia. Tendo visto o que acontecera, seus companheiros de servidão ficaram profundamente consternados e foram contar tudo ao senhor deles. Então o senhor o chamou e lhe disse: ‘Servo malvado! Toda aquela dívida te perdoei, porque me suplicaste. Não devias, tu também, ser clemente com teu companheiro de servidão, como eu fui clemente contigo?’ E, enfurecido, seu senhor o entregou aos torturadores até que pagasse tudo quanto devia. Da mesma forma vos tratará meu Pai celeste, se cada um não perdoar de coração a seu irmão”. Quando Jesus terminou esse discurso, partiu da Galileia e foi para os territórios da Judeia, do outro lado do Jordão.
Oração Inicial
Em nome do pai, do Filho e do Espírito Santo.
Coloque-se na presença do Senhor como discípulo/a que deseja compreender sempre melhor o que o Mestre Jesus quer nos ensinar.
“Jesus creio que estás aqui comigo, ajuda-me a permanecer na tua presença”.
A Palavra do hoje fala que não há limite para o perdão. Com uma parábola Jesus nos faz tomar consciência da enormidade do perdão com o qual Deus nos agracia.
Peçamos: “Jesus Mestre, cremos com viva fé que estais aqui presente, para indicar-nos o caminho que leva ao Pai. Iluminai nossa mente, movei nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.”
Leitura (Verdade)
A proposta de Jesus no evangelho de hoje, é provocante e nos inquieta: Perdoar sempre, infinitamente, sem contar as vezes e sem pensar se o irmão merece ou não nosso perdão. Perdoar com a paciência e a misericórdia de Deus.
Evangelho: Mt 18,15-20 Então Pedro, aproximando-se, lhe disse: “Senhor, quantas vezes pecará meu irmão contra mim para que eu deva perdoá-lo? Até sete vezes?” Jesus lhe respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta e sete vezes. Por isso, o Reino dos Céus assemelha-se a um rei que resolveu acertar as contas com seus servos. Assim que ele começou, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. Como este não tinha com que pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e todos os seus bens fossem vendidos, e assim pagasse. Tendo-se prostrado diante dele, o servo lhe dizia: ‘Sê indulgente comigo, que te pagarei tudo!’ Tomado de compaixão, o senhor daquele servo liberou-o e lhe perdoou a dívida. Tendo saído dali, esse servo encontrou um companheiro de servidão que lhe devia cem denários e, agarrando-o pelo pescoço, começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves!’ Seu companheiro de servidão, de joelhos, lhe suplicava: ‘Sê indulgente comigo, que te pagarei!’ Mas ele não quis; ao contrário, retirando-se, mandou colocá-lo na prisão até que pagasse o que devia. Tendo visto o que acontecera, seus companheiros de servidão ficaram profundamente consternados e foram contar tudo ao senhor deles. Então o senhor o chamou e lhe disse: ‘Servo malvado! Toda aquela dívida te perdoei, porque me suplicaste. Não devias, tu também, ser clemente com teu companheiro de servidão, como eu fui clemente contigo?’ E, enfurecido, seu senhor o entregou aos torturadores até que pagasse tudo quanto devia. Da mesma forma vos tratará meu Pai celeste, se cada um não perdoar de coração a seu irmão”. Quando Jesus terminou esse discurso, partiu da Galileia e foi para os territórios da Judeia, do outro lado do Jordão.
"Esta parábola acentua o amor e o perdão misericordioso de Deus, concedidos a quem a ele recorre. Cabe àqueles que foram libertados por esse perdão comunicá-lo a outros. O perdão é desejado por Jesus não só como reconciliação entre duas pessoas como também como prática que consolida a comunidade, tornando-a um espaço de alegria e de crescimento
na fé e no amor. “Quanto devemos perdoar?”, pergunta Pedro a Jesus. “Sempre!”, responde o Mestre e adverte que somente seremos perdoados pelo Pai se soubermos perdoar nossos irmãos. O perdão é o desejo mais sincero de viver a comunhão com Deus e com os irmãos. Somente o amor é capaz de perdoar. Perdoe de coração e veja os efeitos do perdão." (Viver a Palavra – 2024. Ir. Carmen Maria Pulga - Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
No centro desta parábola, se encontra cada um de nós, que temos uma divida imensa para com Deus, sem poder pagá-la. Deus, porém, nos ensina como quitá-la; perdoando sempre nossos irmãos/as.
Certamente ainda precisamos viver com maior radicalidade a nossa fé e a capacidade de perdoar. Minha fé é comprometida, é capaz de perdoar?
Sou capaz de mudanças significativas para o crescimento de minha comunidade e da sociedade como um todo?
Que sentimentos provo quando sou capaz de perdoar ou quando sou perdoado/a?
Minha caminhada cristã se pauta pelos valores do Reino?
Oração (Vida)
Fazer desta oração não apenas como um belo poema, mas assumir cada pedido como um compromisso.
Senhor,
Fazei de mim um instrumento de vossa Paz.
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e é morrendo, que se vive para a vida eterna.
Contemplação (Vida e Missão)
Perdoar sempre, quando não é possível expressar o perdão com as palavras, por causa da dor da ofensa, que se perdoe com o sentimento dando abertura e acolhida para que o ofensor possa se edificar com nossa atitude.
Bênção
- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
O bom relacionamento fraterno precisa de correção e perdão. Não de correção e vingança, mas de compreensão. Os dogmas de fé continuam os mesmos, os princípios morais são os de sempre: não dizemos que está certo o que está errado e, no entanto, abraçamos e acolhemos todo mundo. O irmão pecou contra mim, me ofendeu, me deu prejuízo, me caluniou mais de uma vez. Quantas vezes devo perdoá-lo? Setenta vezes sete vezes. Podemos começar a contar. Se quisermos ser exatos, serão 490 vezes. E se pecar contra Deus, contra as verdades da fé, se blasfemar contra Jesus? Ele mesmo já disse uma vez que tudo será perdoado, menos o pecado contra o Espírito Santo. Deixemos por conta de Deus a vingança e a punição. Da nossa parte, acolhamos quem quer que seja para sermos também acolhidos pelo Pai. Acolhamos e andemos juntos no rumo certo. Podemos empurrar o irmão e jogá-lo precipício abaixo pelos erros que cometeu, e podemos entrelaçar os braços e caminhar juntos em um esforço fraterno, até alcançarmos o lugar onde estão as verdadeiras alegrias. No fim dos quatro primeiros sermões, São Mateus escreve que Jesus terminou essas palavras e foi para outro lugar. Ao término do último sermão, Mateus escreverá: “Quando Jesus terminou todas essas palavras...”. É assim que ele organiza as palavras de Jesus no seu Evangelho.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.