A sua fidelidade: tranquila solidez de uma montanha. Deixa passar as nuvens, soprar os ventos, murmurar a brisa, abater-se a tempestade, mas resiste na sua estabilidade. Enfrenta as mais diferentes realidades, permanecendo em pé.
A fidelidade respira o sentido da morada: é ela que demonstra a todos quem habita em você. Você se transforma, na verdade, num abrigo, onde se pode sentar e contar... quaisquer que sejam as diferenças que possam surgir entre vocês.
A fidelidade a um projeto ou a uma pessoa é uma força serena que o faz ir adiante... Não é uma realidade imóvel, não ama uma regra para sempre imutável, nem um ideal que representa o seu tempo.
Vive do caminho que você está trilhando, da coragem que sustenta os seus dias.
A sua força no movimento da vida transforma-se, porque é fidelidade ao seu futuro, bem como a um passado que lhe deu a vida.
A sua fidelidade é como aquele ou aquela que descobriu um tesouro num campo. Vende, então, tudo aquilo que possui para comprar o terreno e trazer à luz a descoberta que fez. Na verdade, cada um será um tesouro para o outro: aquele ou aquela que encontrou leva consigo o valor daquele que foi encontrado.
E a poeira que ficou sobre o rosto não fará mais do que lembrá-lo de onde você veio... Mas o olhar fiel ficará para dizer o quanto ainda são preciosos um para o outro!
E se, mais tarde, a fidelidade desenhar algumas rugas em você e voltar-se para trás para ver a estrada percorrida conjuntamente, será uma alegria tão grande, impossível de ser avaliada.
Para aqueles que nos seguem, um ensinamento único.
Será como a videira e a árvore que a sustenta. Reciprocamente, fazem-se companhia no bom e no mau tempo, na tepidez da primavera ou no gelo do inverno: as diferenças encontradas fazem parte da vida.
Mas a sua fidelidade faz parte da sua própria alma e da sua liberdade: primeiramente será fiel a você mesmo e à escolha que, uma vez, fez livremente. A fidelidade não prestará atenção ao tempo que aconteceu antes do encontro, nem ao tempo que o segue.