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Sexta-feira, 25 de Abril de 2025
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Santo do dia 02 de março
Bem-aventurado Henrique Suso
Religioso dominicano (1295-1366)
Bem-aventurado Henrique Suso
Rebeca Venturini / FC

Nascido na ilha de Constança, na Alemanha, no dia 21 de março de 1295, foi um dos principais representantes do movimento religioso que floresceu na região do Rio Reno, no início do século XIV. Religioso dominicano, escritor e místico, tornou-se um dos teólogos alemães mais conhecidos, por sua singular doçura, por sua espiritualidade e pela clareza com que pregava que a vida interior é acessível a todas as almas seguidoras da Paixão de Jesus Cristo.

Seu pai era um rico comerciante, não muito religioso, da nobre dinastia dos Berg, e sua mãe, uma senhora muito pia, da tradicional família cristã dos Suese, ou Suso, forma latina do nome. Henrique preferiu manter o sobrenome da mãe. Desde a infância, foi educado pelos dominicanos, demonstrando sua vocação religiosa já nessa época. Aos 13 anos, ingressou como noviço no convento de São Nicolau, da mesma ordem, em Constança, período em que desenvolveu sua espiritualidade.

Aos 16 anos, viveu um período de fé incerta, que superou por meio de penitências rigorosas e orações contemplativas. Dois anos depois, após uma experiência mística, durante a qual viu um anjo unindo o seu coração ao de Cristo, demonstrou sua completa conversão, marcando com ferro em brasa, no lado esquerdo do peito, o nome de Jesus. Desde então, seu zelo se traduziu numa entrega espiritual mais prudente: Deus o fez compreender que a melhor mortificação consistia em aceitar com resignação as provas enviadas por Ele.

No convento dominicano em Constança, fez os estudos preparatórios, filosóficos e teológicos. Depois, foi enviado para o Colégio Geral de Estrasburgo e, posteriormente, para a Universidade de Colônia, diplomando-se com destaque. Em vez de buscar uma carreira eclesiástica brilhante, preferiu retornar para Constança, em 1329, como professor de Teologia no colégio dos dominicanos. Ali, durante os sete anos seguintes, escreveu suas obras mais importantes: o “Livro da Sabedoria Eterna” e o “Livro da Verdade”. Narrou com simplicidade e clareza os mistérios da alma, que desvendava em seus colóquios íntimos com Cristo, em orações silenciosas e experiências contemplativas.

Em 1336, Henrique sentiu que era hora de partir para o apostolado peregrino e viajou por toda a Alemanha, pela Suíça e pelos Países Baixos, tornando-se um incansável pregador itinerante do nome de Cristo. Durante quatro anos, até 1943, foi o diretor-geral do convento alemão de Turgovia. Depois, foi transferido para o de Ulm, no qual permaneceu até morrer, em 25 de fevereiro de 1366.

Não foi sepultado no cemitério comum aos padres dominicanos, mas na cripta da igreja daquele convento, e, até o final de 1531, sobre a sua lápide, ardia uma chama atestando o seu culto. Posteriormente, seus restos mortais foram destruídos pelos protestantes, mas sua lembrança foi mantida, e muitos santos se inspiraram em seu exemplo na busca da espiritualidade. Papa Gregório XVI, em 1831, beatificou Henrique Suso, determinando a sua festa litúrgica para o dia 2 de março.

Texto: Paulinas Internet