Benvindo Scotivoli de Ancona pertence aos franciscanos da segunda geração, coetâneo de São Boaventura, com o qual colaborou durante um período em que observou as primeiras rupturas da grande família franciscana, dividida em observantes ou espirituais e conventuais. Antes de ingressar na ordem, Benvindo estudou Direito em Bolonha e foi capelão pontifício, arcediago de Ancona e administrador apostólico da diocese de Ósimo, que se tinha enfileirado a favor de Frederico II contra o papa.

Tendo a diocese obtido o perdão de Urbano IV, este nomeou Benvindo para governá-la. O papa, apreciando sua retidão, encarregou-o também do governo da Marca de Ancona, e, no exercício de suas funções, Benvindo revelou dotes de sábio administrador.

Foi severo reformador, até na própria casa, corrigindo abusos no cabido de sua catedral. Teve o privilégio de tornar sacerdote o agostiniano Nicolau de Tolentino, cujo nome fará um só com a bela e silenciosa cidade marquense.

Foi, sobretudo, um bom pastor da grei a ele confiada, merecendo o amor incondicional de sua gente, que, por ocasião de sua morte, lhe erigiu um mausoléu, de onde suas relíquias foram retiradas, em 1590, para serem colocadas na cripta da Catedral de Ósimo, da qual é padroeiro.