Do santo bispo, padroeiro de Aosta, conserva-se um só testemunho escrito: uma assinatura que ele apôs quando ara simples sacerdote, em nome do bispo Eustásio, numa carta enviada ao papa são Leão Magno por ocasião do encerramento do concílio provincial de Milão, em 451.

Bem pouco, mas basta para tornar historicamente inaceitáveis os Atos de são Grato, compostos no século XIII por um eclesiástico apressado, o qual situa são Grato no tempo de Carlos Magno.

A assinatura encontrada no documento dogmático – que testemunha uma contribuição da diocese de Aosta à solução do problema das duas naturezas (humana e divina) em Cristo – não é, entretanto, o único sinal da existência desse santo. Permanece, para testemunhar a santidade, a devoção antiga a ele tributada pelos cristãos de Aosta, bem como por todos os habitantes do vale, que recorriam à intercessão do santo padroeiro não só para obter graças particulares, mas também para ter sua proteção nos campos, a fim de que tornasse inócua a ação dos gafanhotos, dos vermes e das brocas. Naquela época não se recorria aos agrotóxicos...