Albino nasceu em 469, no seio de uma família cristã que se encontrava em ascensão social e financeira e pertencia à nobreza de Vannes, sua cidade natal, na Bretanha. Era uma criança reservada, inteligente, pia e generosa e, ao atingir a adolescência, manifestou a vocação pela vida religiosa. Por volta dos 20 anos, ordenou-se monge, e cinco anos depois foi escolhido pela sua comunidade para tornar-se o abade do Mosteiro de Tintilante, também conhecido como Mosteiro de Nossa Senhora de Nantili, próximo de Samour.

Durante mais de 25 anos, exerceu seu ministério, mantendo-se fiel aos preceitos da Igreja e trabalhando para manter a integridade dos Sacramentos e das tradições cristãs. Nesse período, todas as suas qualidades humanas e espirituais afloraram, deixando visível uma pessoa especial que caminhava na retidão da santidade. Fez-se pai e irmão dos pobres, dos humildes, dos perseguidos e dos prisioneiros, tanto que foi eleito para ocupar o posto de bispo de Angers pelo clero e pela população, gesto que demonstrou todo o amor e a estima do seu imenso rebanho.

Nesse posto, trabalhou incansavelmente pela moralização dos costumes e lutou contra os casamentos incestuosos, que se tornavam comuns naquela época, quando os ricos da corte desposavam as próprias irmãs ou filhas. Para dar continuidade à sua luta, convocou os concílios regionais de Orleans, em 538 e 541, participando de ambos ativamente e arriscando a própria vida. Com o apoio da Santa Sé, adquiriu novo fôlego para prosseguir na difícil e perigosa campanha e, posteriormente, no concílio de 549, foi representado por seu discípulo e sucessor, o abade Sapaudo.

A tradição lhe atribui alguns prodígios, cobertos pela graça da Divina Providência, como a abertura das portas da prisão, a libertação dos encarcerados e muitas outras situações, divulgadas entre os fiéis devotos.

Albino morreu no primeiro dia de março de 550 e foi sepultado na Igreja de São Pedro, em Angers. Como seu culto já era muito propagado em 556, foi dedicada a ele uma igreja, na qual construíram uma cripta, para onde seu corpo foi transladado. Ao lado dessa igreja, foi criado um mosteiro beneditino, cujo primeiro abade foi seu discípulo Sapaudo.

Contudo, as relíquias do bispo Albino encontraram o repouso definitivo na Catedral de São Germano, em Paris, no ano 1126, quando o seu culto já atingira, além da França e da Itália, a Alemanha, a Inglaterra, a Polônia e vários países do Oriente.

Com justiça, Albino foi considerado um dos santos mais populares da Idade Média, e sua festa litúrgica é comemorada no dia de sua morte.